quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Só para tirar a poeira...

... E atualizá-lo sobre as coisas. Estava secando meu cabelo (na verdade ainda falta metade dele pra acabar) e com minhas super habilidades consegui ler o último post enquanto a escova se enroscava nos fios molhados e a outra mão jogava o jato de ar quente naquela mecha. É, é um dom, fazer o que, poucos o têm. E, por mais incrível que pareça, ao mesmo tempo, consegui refletir na velocidade em que o tempo passa. Trago comigo boas e más notícias, muito más. Eu não sei se cheguei a comentar sobre minha cachorra, que estava meio doente, enfim. Isso não era novidade, os cockers possuem o grande poder de se auto-destruir com apenas um pouco de alergia, ou coisa do tipo. Mas bem, infelizmente, no dia 13 de julho, numa terça-feira, minha família levou a Ike para o seu fim. A Morte a chamava. Por mais que eu diga que já superei, as lágrimas ainda enchem os meus olhos quando me lembro daquela gordinha. Eu sabia que ela estava mal e que iria morrer em breve, no entanto, meu espírito positivo me fazia acreditar que de alguma forma, ela iria ficar bem. Nós seres-humanos devemos ter isso mesmo. No dia anterior à sua morte, eu mal consegui dormir, o sono parecia um tormento, rolei pela cama durante horas e horas, até que resolvi deitar com minha mãe. Vencida pelo cansaço, enfim consegui adormecer. Por quê? Para acordar algumas horas depois com o choro da minha cachorra e da minha mãe, dizendo que estava na hora dela ir. Eu queria dormir mais, mas quando pensei na possibilidade de que ela iria e não voltaria mais, fiquei completamente acordada e triste. Eu nem fui vê-la. Eu nem fui vê-la! Sensível demais? Pode ser, nem a minha própria avó eu fui ver quando estava morrendo, eu não consigo, eu não quis! O fato é que ela se foi, tentaram me consolar dizendo que ela estaria em um lugar bom, todo aquele papo de humano, para tentar nos esconder a verdade. Eu acho isso bom, pois sem essa conversa toda, nós estaríamos deprimidos demais para viver. O fato é que eu sinto muita, muita falta dela. Ela era sem dúvidas a minha amiga, a gente se entendia através do olhar, uma conexão incrível de humano para canino, enfim. Já me perguntaram se eu pretendo ter outro cachorro, talvez... Talvez. Não igual a ela, mas é, pode ser que sim. Primeiro preciso me recuperar dessa armadilha que a vida nos prega e bom, pode demorar alguns anos. Eu tenho certeza que se você tivesse braços, Blog, iria me dar um belo de um abraço apertado, não é? (Desejando que você seja a pessoa mais abraçável do mundo) Como esses bichos aqui, mas menos assustador!

Ok, passada a tristeza, vem a alegria em seguida, é isso que dizem?! Bom, dizem que a bíblia diz muita coisa, mas poucas pessoas entendem o que as passagens querem dizer e poucas pessoas também a leram por inteiro. Certo, agora as "boas" notícias. Primeiro, eu finalmente terminei meu curso de desenho, porém não tenho tido mais tempo pra desenhar, o que é realmente chato porque eu amo desenhar. Talvez em breve eu coloque aqui algum desenho meu, talvez. Segundo, eu comecei a fazer cursinho, mas não estou tão empolgada assim, apesar de estar fazendo o que os meus pais querem, né? Vou estudar como eles tanto me pedem e assim seja. O que eu não vejo necessidade é em saber quase tudo sobre Física, Matemática, sabe... Pra quê? A não ser que você seja um gênio que entende tudo sem sequer precisar de uma explicação complexa (Eu conheci um e sinceramente acho que uma pessoa assim, não se encontra em seu melhor estado mental.) Eu preciso de várias e várias explicações e mesmo assim continuo sem compreender, e pior, sem entender o motivo no qual precisamos saber sobre isso. Como se se você souber resolver uma equação, o Mundo seria salvo e com fórmulas e fórmulas de Física, fosse encontrada a cura para o câncer e a aids, tsc. Embora eu tenha toda essa contradição, eu tenho freqüentado todas as aulas e tenho tentado me esforçar para deixar meus pais um pouco mais satisfeitos. Dispenso assuntos sobre vestibulares e prometo à mim mesma que se eu não passar desta vez, eu viro terrorista da Al Qaeda. Bom, falei realmente demais nesse post, mas foda-se. Era só pra atualizar mesmo, vou voltar a secar o meu cabelo que já deve estar seco a uma hora dessas.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

I had the time of my life...

É, voltei e não acredito nisso. Digo, faz tanto tempo que não escrevo que chego a sentir vergonha de mim mesma. Briguei com os livros da escola, agora só leio os de história e quadrinhos também. Algumas apostilas do curso, mas enfim, eu estou com medo de regredir. Talvez eu tenha que reaprender tudo o que já me foi "ensinado". É como se eu tivesse sofrido algum tipo de amnésia. Será? A verdade é que eu terei que revisar tudo o que estudei ou fingi estudar durante o colégio novamente e agora, nesse segundo semestre. Não estou nada empolgada para isso, gostaria sim de estar na faculdade, mas as pessoas estão certas quando dizem que as coisas nem sempre são como a gente quer. No meu caso, NUNCA é como eu quero. HAHA Sem drama, sério. Ou acontece totalmente o contrário do que quero, ou não acontece nada mesmo. Ok, como já foi percebido não me curei da velhice precoce, continuo a reclamar e mais, estou brigando com as pessoas mais do que nunca. Se eu pudesse, até praticava um pouco de artes marciais pra relaxar um pouco. Ontem praticamente fui expulsa de casa. "Se quiser, vai morar com seu pai!" Eu odeio esse tipo de afirmação "Se quiser... Se desejar... Se...Se!" Dane-se, isso sim! Eu não quero ir morar com meu pai, ele já tem muitos problemas e eu gosto daqui. Quer dizer, gosto do meu quarto, 2x2, cheio de bagunça, meu computador, minha tv... Eu vivo bem assim. O que me irrita é toda essa indiferença, sabe? Queria ver mesmo se eu sei lá, sumisse de casa. O que iriam fazer, porque se eu saio e demoro um pouco, já praticamente chamam a polícia! Queria ver agora, com essas ameaças subliminares de me expulsar de casa.
Se eu quiser não, se eu pudesse, eu estaria longe daqui. Levaria comigo meu quarto. E ficaria alojada nele, em um campo inifinito, com um lago perto, sem animais voadores pelas redondezas, algumas árvores e algum tipo de objeto que produza som, pronto. Ficaria muito satisfeita assim. Mas, superando todas essas adversidades, encontro-me em perfeito estado. Sem doenças diagnosticadas, vou deixar meu cabelo crescer até arrastar pelo chão, vou concluir meu curso de desenho e vou tentar a sorte como artista de rua... de Paris! HAHAHA O que importa é que não é pecado sonhar alto, certo? E se for, que me condenem, pois desde muito pequena eu tenho essa virtude. Talvez por isso continuo viva, os sonhos que alimentam minha esperança, que me empurra até o dia em que o mundo acabar pra mim. Juro que estou me esforçando para pensar o que há de novo em minha vida. Ah, é claro! Eu entrei de cabeça nessa rotina de gordo sedentário. Poxa, agora eu sei como eles sofrem. Embora seja inútil, farei um cronograma sobre o meu dia-a-dia.
Segunda: Acordo cerca de 10, 11 horas da manhã, tomo banho, brinco com minha cachorra, dou comida à ela, preparo meu almoço, ligo a tv, assisto algum noticiário, lavo a louça que sujei e venho para o computador. Fico cerca de 4, 5 horas aqui... Lendo, vendo vídeos, conversando, faço aqui o que não faço lá fora. (Seja interpretado de qualquer maneira.)
Terça: Acordo mais cedo, pois tenho curso, ligo a tv pra não voltar a dormir, reclamo por ter que levantar e estar super friozinho, tomo banho reclamando, como algo reclamando e saio. Pego o ônibus (antes, o espero durante meia hora ou mais :D ), observo o comportamento humano dentro dele, me assusto, fecho os olhos e espero chegar na parada para poder descer. Caminho até o destino, chego lá, finjo ser sociável e desenho até meio dia. Saio do curso, vou para casa de carona com meu pai, huhu.
Daí quarta, quinta e sexta é praticamente a mesma coisa que segunda, variando um programa de tv, uma idéia louca que tenho no meio da tarde, uma briga com minha mãe, uma consulta ao médico, enfim.
Depois desse empolgante cronograma que irá se mudar em breve, muito breve, vou voltar pra cozinha pra beliscar alguma coisa, de volta à vida de gordo sedentário! HAHA Adeus, Blog. :)

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Give me vodca to inspire me.

É uma bela tarde de quarta-feira e eu deveria estar amarrada em algum canto da casa com meus livros, estudando, lendo sobre o reino plantae e o fungi, criometria, osmometria, capacitância e energia eletrostática e etc, assuntos que vão me ajudar bastante quando eu estiver no meio de jovens estranhos e super nervosos fazendo o vestibular. É, eu vou estar competindo com aquelas mentes geniais que acham tudo isso muito interessante. Eu acho isso interessante, na verdade, porém eu acho que só vou usar meu conhecimento sobre tudo isso, quando estiver fazendo a prova. Vai ser inútil pra mim depois disso. Porque, com certeza, quando meu filho me perguntar que porra é ebuoliometria ou pra que servem os osciladores harmônicos eu vou pedir pra ele perguntar pro pai (pretendendo que o pai dele seja um gênio. Vai ser). Na verdade, se o pai dele for um gênio e herdar essa virtude, eu vou agradecer aos céus por ter me livrado de perguntas complexas. Eu também me sinto inútil, na verdade, por não saber ou saber pouco sobre essas coisas. Mas não tenho culpa se me interesso por outras.
Enfim, eu disse que era uma bela tarde, o tempo está super fechado, eu estou quase dormindo e estou pensando em abrir besteirinhas pra comer e morrer entupida de lipídios.Tenho que levar minha gordinha no veterinário de novo, argh. Tá, estou falando muito sobre a minha vida pessoal. Só queria atualizar isso mesmo, é isso.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Dias.

Dos meus olhos saem lágrimas, mas eu não estou chorando. Da minha boca, as palavras decolam e flutuam pelo ar, no entanto, sem rumo e sentido, elas não fazem efeito a quem as ouve. Eu estou sempre atenta, eu continuo te admirando, vejo em ti a união de defeitos e qualidades que ora me fazem amá-lo, ora me fazem odiá-lo. É disso que eu preciso, eu preciso aprender a cada dia, uma nova melodia, um novo caminho, uma nova forma de sobreviver, encarando os obstáculos da minha vida sem você. Eu optei por não me apaixonar, pois me sinto bem intacta, longe das ilusões que a paixão nos traz, eu quero só amar. Amar trocar palavras contigo, amar ficar te olhando pelo resto da tarde, amar sentir medo e tesão como só você me faz sentir. Incrível é que eu me engano, eu acho que não te amo, mas eu amo, todos sabem. Sei que em tua vida há outras, outras que te sentiram como eu senti, outras que ouvirão o que eu ouvi, porém eu não posso proibi-lo de tê-las, eu tenho os meus outros também. Os outros que me possuem por uma noite, alguns minutos e logo tomam o caminho para suas vidas e eu também, sozinha. Sento-me na cama antes de dormir e penso, sobre tudo, sobre a solidão que as noites me trazem, no silêncio dos amantes, no frio que me faz companhia e no escuro que só me deixa quando eu me entrego. Eu não vou me lamentar por ti, eu digo que estou bem, não tenho a garantia do teu amor, mas posso senti-lo.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Aceita um perdão como sobremesa?

Arroz, feijão e algumas lágrimas no almoço de hoje. O motivo da última opção do cardápio: Gritos e repreensões contra a minha pessoa. "Já viu como é estabanada? Mais que pressa é essa? Tudo para voltar pra porra do computador?". Primeiro um sorriso sem graça, totalmente sem graça. Depois, depois da bagunça na mesa que fiz, o choro. Um choro desesperado, um choro de cansaço, cheio de mágoa e exaustão. Pra que tudo isso? Foi só um pouco de molho na toalha! Eu posso lavar. Mas as feridas do meu coração não saem nem com um bom alvejante, isso eu garanto. Ele percebeu a minha situação e com seu prato gigantesco já feito, decidiu se preocupar perguntando o que havia feito e eu somente negava com a cabeça, de tanto chorar. Eu sei que foi ridículo, mas eu precisava. A comida estava esfriando, ele aguardava uma resposta e a minha fome tinha desaparecido. "Eu nem deveria ter vindo..." ele disse assim que abaixou a cabeça e se concentrou na comida em seu prato. Fingia comer, somente mexia o conteúdo até que a minha voz resolveu sair "Não precisava ser tão grosso." e eu reconheci que não deveria ter sido tão sensível, não para ele. "Não é isso, me desculpe, mas é a verdade, você já viu como senta? Viu como faz as coisas? Deixa tudo cair, estraga tudo, tudo!" conforme ele falava, eu me curvava diante da mesa, com vergonha, imaginando um monstro desastrado fazendo o que ele narrava, eu me senti terrível e ele percebeu se desculpando novamente. Eu terminei de comer e nem vim para o computador, eu resolvi sentar e pensar, somente pensar. Em inúmeras possibilidades. Em morrer, em viver, em casar, em me separar, em ter filhos, em ter gatos, cobras, lagartos... Enfim, nada fazia sentido. E então ele se aproximou de mim e nunca ele havia me dado um abraço tão caloroso quanto aquele. Era um abraço de desculpas, eu senti. Ele jamais falaria o que estava pensando, mas por um momento eu li seus pensamentos e novamente sorri, desta vez com felicidade. O almoço de hoje foi diferente, especial, talvez.

domingo, 3 de maio de 2009

Nunca confie em um homem.

Nem que este ainda esteja se formando, nem assim. Um garoto, sabe. O melhor a se fazer é confiar em si e em Deus somente. A minha mente inocente e despreparada já estava ensaiando tudo, eu gosto dessas coisas à moda antiga, um grande encontro para um grande começo. Nada de se entregar logo de cara, aos poucos é melhor, é realmente satisfatório desvendar os mistérios de uma pessoa a cada conversa, gesto e etc. Porém, é preciso estar preparada e ciente, realmente ciente de que você pode se machucar e ficar muito, mas muito constrangida. Eu, sinceramente, já estou ciente, mas preciso me preparar mais, me fortalecer, esperando o pior de verdade, não só dizer à mim mesma "Isso pode acontecer" e somente lembrar das coisas boas que ando planejando, não. Assim não adianta em nada, poxa. Eu costumava sofrer à espera de um homem, aquele que estaria me protegendo, aquele que me entende, que apesar de tudo, continua sendo meu grande herói, aquele que me criou a vida inteira e a partir de certa idade, me deixou esperando, esperando e esperando. Eu não reclamo, ele tem os seus direitos de se divertir, fazer o que quiser, mas eu passava mal em esperá-lo em casa, eu arquivava os meus pensamentos e tudo que eu ia falar pra ele e a noite chegava, o sono tomava conta de mim e esse arquivo de coisas ia se acumulando conforme os dias passavam. Ele deixou de saber de muitas coisas sobre mim, porém, eu aprendi a me cuidar sozinha. Eu aprendi a mostrar e falar tudo o que penso à mim mesma, eu aprendi a controlar a minha ansiedade e consegui lutar contra os medos e receios que as noites me traziam enquanto permanecia sozinha. De maneira alguma eu tenho raiva ou ódio do meu pai, ele é assim, eu aceitei isso. Hoje em dia, não digo que não sofro, mas aprendi a encarar a realidade e fazer dela o meu travesseiro para dormir nas noites em que as minhas palavras e tudo que eu desejava falar estava preso na minha cabeça. Eu durmo tranquila, eu acordo e vejo aquele homem novamente, só que não confio mais nele. Sei que posso enfrentar tudo, uma decepção não vai me fazer cair assim, como eu costumava cair. Eu já me acostumei com a queda e aprendi a cair de um jeito, que não machuca mais.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Afastada para não impressionar.

Bem longe de confusões, prefiro estar sentada no sofá, do jeito que eu quiser, mesmo que minha postura esteja errada, mesmo que eu esteja sem ter o que fazer. Para mim, é muito mais vantajoso sentar e assistir a um espetáculo do que participar dele. Talvez essa vantagem aconteça devido a fusão entre a minha timidez e a minha preguiça de atuar em minha própria vida. Talvez eu esteja perdendo momentos importantes, situações que jamais voltarão a acontecer, mas continuo achando que assim eu levo a melhor. Pois se a peça foi um sucesso ou não, eu, juntamente do público, irei definir isso e mesmo assim, posso sair intacta por levá-la ao ápice da popularidade ou quase à falência. Isso tudo é muito relativo, porém é realmente difícil pra mim participar do teatro que as pessoas fazem, elas se divertem fazendo isso e eu não. Eu gosto quando dizem que estou quieta e eu, distraidamente, volto a observar a atuação da raça humana. Tão patéticos. Me incluo dentro dessa pra ninguém se ofender. Eu não tenho muito o que falar, nem o que descrever, pois a sensação que sinto é indescritível. Acho que tenho vocação para ser agente do FBI, voyeur, espiã, detetive, enfim... Vou ali decidir o meu futuro.